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sexta-feira, dezembro 24, 2010

Cimento queimado

Existem alguns procedimentos que garantem a qualidade do piso de cimento.

O primeiro passo é impermeabilizar o solo, isolando o contrapiso da umidade. Depois, para cada divisória, deixe uma área de 4 m² – o suficiente para a dilatação do material. “Com esses cuidados, o piso ficará liso, sem rachaduras ou manchas".


Nesta cozinha, o piso de cimento queimado faz bonito, aliado ao ladrilho hidráulico, que forma um tapete no centro do ambiente. O experiente empreiteiro fez uso da seguinte receita: para 4 m² (4 mm de espessura), a massa levou 1 saco de 50 kg de pó de mármore, 1 saco de 25 kg de cimento branco estrutural, 1 litro de adesivo Bianco (da Otto Baumgart) para dar liga à mistura e água até obter consistência pastosa. Sobre o contrapiso nivelado, ele dispôs filetes plásticos que servem de junta de dilatação, evitando trincas, e passou Bianco com brocha (neste caso, melhora a aderência da massa à base). Ela foi aplicada a seguir e alisada com desempenadeira de aço. No dia seguinte, uma lixa fina acabou com as irregularidades. Panos molhados cobriram a superfície por três dias. Ao tirá-los, os pedreiros lixaram o piso e passaram resina própria para pedra. Projeto de Alan Chu e Cristiano Kato.


O revestimento desta sala de estar é de concreto usinado comprado pronto (cimento, água e pedrisco) e dispensa contrapiso. As juntas plásticas de dilatação foram colocadas a cada 3 m. Quanto menor a distância entre elas, menor o risco de trincas. Despejado o concreto, a superfície foi sarrafeada com régua de alumínio. O bambolê (tipo de enceradeira com hélices de aço) alisou e nivelou o piso. Depois de 30 dias (cura), passaram-se três demãos de resina de poliuretano (Alinkol) com intervalos de seis horas. Projeto de José Roberto Moreira do Valle e execução da Sfera Engenharia.


Aqui não há contrapiso graças ao concreto usinado UFCK 25 (Betoncamp). Após ser compactado na superfície, ele foi sarrafeado com régua de aço e alisado com o bambolê. Para evitar fissuras, manteve-se o cimento molhado, retardando a cura. Nas quinas, foram instaladas barras de ferro antes de jogar o concreto. O revestimento foi cortado em quadros. Aguardaram-se cerca de 30 dias (cura) e aplicou-se nesse intervalo o tarucel, uma espuma de polietileno que delimita a profundidade dos vãos, e as juntas de dilatação de poliuretano. Uma demão de seladora acrílica e outra de verniz acrílico (ambos da Heliocolor) completaram o serviço. Projeto de Carmem Silvia Parlatore e execução da Pisoplan.


As juntas plásticas de dilatação foram fixadas no contrapiso nivelado. Para que ele ganhasse aderência, passou-se uma mistura de 2 kg de cimento e Bianco (Otto Baumgart) diluído em água (1:4). Uma farofa de cimento e areia média (1:3) foi despejada em quadros alternados e sarrafeada com régua de alumínio. Depois, iniciou-se a queima: uma nata grossa com 20 litros de água, 13 kg de cimento e 1 litro de Bianco foi alisada sobre a superfície com desempenadeira de aço. No dia seguinte, cobriu-se o piso com uma manta de poliéster (Isocryl), molhando-o por oito dias para ficar vistoso. A cura do concreto levou cerca de três semanas, quando se aplicaram duas camadas de resina acrílica fosca Hiper 409 (Dalle Piagge). Projeto de Nina Maria Jamra Tsukumo e aplicação do revestimento supervisionado por André Moral.


Sobre o contrapiso nivelado, o empreiteiro instalou juntas plásticas de dilatação (Granitorre) a cada 2 m². Ao kit pronto (Ladrilar), composto de cimento branco estrutural, pó de quartzo e pigmento terracota-claro, ele adicionou Bianco diluído em água até obter uma mistura pastosa, como uma massa corrida. Uma dica importante: a quantidade de água influi no tom do piso, por isso o ideal é fazer tudo no mesmo dia. A argamassa foi aplicada com desempenadeira de madeira e alisada com desempenadeira de aço. Cerca de quatro dias depois (cura), removeram-se as imperfeições da superfície com lixa de água nº 220. Lavou-se o piso e, para evitar manchas, passaram-se três demãos de resina acrílica Fuseprotec (Fusecolor). A cada dois meses, o piso recebe cera líquida incolor à base de silicone. Projeto de José Carlos Sérgio.


O engenheiro Daniel Hamermesz preparou um contrapiso nivelado e chumbou as réguas plásticas de dilatação a cada 1,50 m². Ele espalhou uma massa pastosa de areia, cimento (3:1) e água intercalando os quadrados, que foram nivelados com desempenadeira de madeira até alcançar 3 mm antes da espessura final do piso. Aguardaram-se quatro dias. A uma mistura pronta (Ladripiso) de cimento branco estrutural e pó de mármore, ele acrescentou Bianco diluído em água (1:1) até obter uma tinta, que foi aplicada com broxa sobre a superfície. No dia seguinte, com esse kit pronto e quantidades menores de Bianco e água, fez uma massa quase seca e espalhou-a sobre o piso com desempenadeira de aço. Após uma semana, passou três camadas de resina acrílica Fuseprotec (Fusecolor). Projeto das arquitetas Claudia e Virgínia Pêcego Meyer.




 Nesta casa de campo, pulou-se a etapa de preparação do cimento: foi escolhido um preparado da Fábrica de Ornatos Nossa Senhora da Penha. Na receita, que leva cerca de 15 ingredientes, optou-se por minérios de quartzo, mais resistentes que o pó de mármore. A instalação foi igual à dos pisos tradicionais: massa colocada sobre o contrapiso com nata adesiva. Os quadrados formados pelas juntas de dilatação plásticas (altura de 4 mm) têm medidas 1,50 x 1,50 m. Depois de pronto, o cimentado secou durante 15 dias antes de receber uma combinação de produtos de alta resistência da marca John Systems, que dão brilho ao piso e prometem durar até 15 anos. Projeto de Rodrigo Amaral e Carina Pederzoli.












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